Sra. Leopoldina Lobato, bisavó dos atuais proprietários da Fazenda Ararí, a mais de uma hora de voadeira, ou três horas de embarcação comum da sede do município, acima do rio Ararí, a qual fundou a referida em 1919, instalando ao lado da sede uma capela a santa Nossa Sra. das Mercês. O sino da capela data de 1867, quando Cachoeira do Ararí ainda era apenas vila, tendo como santos que ornamentam e fazem companhia a santa padroeira do lugar as imagens de Sant’Ana e São Miguel Arcanjo. A Sra. Leopoldina Lobato foi a primeira a constituir fazenda na ilha, trazendo consigo os primeiros rebanhos de zebus, a capela ocupa hoje um lugar na história de Cachoeira, diz-se que a santa está sobre um buraco que serve de suspiro para a “Cobra Grande”, “lenda” bastante conhecida na região. A muito foi cogitada esta história, sabe-se ainda que a Sra. Leopoldina nas festividades que fazem para Nossa Sra. das Mercês, realizava uma espécie de ritual, todas as fitas de cetim (promessas) eram jogadas por ela embaixo do Altar da Santa, dentro do buraco que servia de suspiro da possível “Cobra Grande”, sabe-se ainda que se a cobra se mexer a Fazenda Ararí irá para o fundo do rio desaparecendo; entrando na Sede da Fazenda, observa-se que ainda mantém-se os móveis em perfeito estado, a casa está bastante danificada, uma coisa chama bastante atenção, os quadros dos antigos proprietários, também, bastante conservado os traços de morcegos vivos que recebem bem a visita, ou mesmo da janela da sala que nos mostra um angulo completo da curva sinuosa do Rio Ararí e com a margem dos campos do Marajó. Um hotel fazenda seria a melhor opção para restaurar tão belo monumento e rico de fatos históricos.
Que linda história,eu quando criança ia nesta fazenda.
ResponderExcluir